Volta aos palcos: "Sexo dos Anjos" vem aí!

Recebi uma notícia maravilhosa essa semana. Finalmente vamos estrear a peça "Sexo dos Anjos", onde atuo com o Che, com direção do Paulo. Esse projeto está para acontecer desde o ano passado. Paulo me falava dessa peça há bastante tempo, do desejo de montá-la, mas estava difícil conseguir outro ator, por imprevistos de agenda e horários. Eis que, em fevereiro, surgiu a idéia de uma leitura comigo e com o Che, que faz parte do grupo de teatro da Quintal das Artes há algum tempo, e que, entre outras, participou do inesquecível musical "O Príncipe da Quermesse", onde montei as coreografias, exatamente quando nós nos conhecemos e ficamos amigos.. Achamos quem estávamos procurando! A leitura foi ótima e os ensaios começaram. Em poucos dias, decoramos o texto e fomos para a ação, para a criação das personagens em cena. Pretendíamos estrear em abril, mas novos imprevistos aconteceram, com a interdição do Teatro Cacilda Becker de Pirassununga, onde tentávamos uma classificação no festival. Agora, dia 16 de julho, estrearemos finalmente na abertura da Semana Universitária Tambauense. Além de contracenar com um grande amigo, me felicita muito voltar aos palcos. A última vez foi com a peça "Confissões de Adolescente", que teve sua estreia há um ano, também na SEUNIT, e depois seguiu um roteiro de várias apresentações. "Sexo dos Anjos" é um texto maravilhoso, instigante e perturbador, que nos permite usar nuances muito diferentes de interpretação, que propicia um jogo interessantíssimo entre atores e platéia. Que esse seja o início de um belo caminho para o espetáculo...

Abaixo, o texto publicado pelo Paulo no blog da Quintal das Artes:

A nova peça do Grupo Curtura de Teatro, “Sexo dos Anjos”, estréia dia 16 de Julho, na SAT, na abertura da 47ª Semana Universitária Tambauense. No elenco estão José Ono Júnior e Bruno Dutra.

Dois homens se encontram em uma plataforma de espera e começam a conversar sobre suas vidas, sobre o passado de cada um e sobre as expectativas do que virá a seguir.

O jogo de palavras leva o público a sensações diversas e a dividir com os atores as dúvidas que cercam as duas personagens, chegando a conclusões surpreendentes sobre a vida.

O trabalho dos atores é o ponto alto desse espetáculo intimista, que parece falar diretamente à alma de cada espectador.

“Sexo dos Anjos” foi escrita pelo dramaturgo, roteirista e diretor Flávio de Souza, responsável por criações como "Castelo Rá-Tim-Bum" e "Mundo da Lua". Flávio também roteirizou o humorístico "Sai de Baixo" e o "TV Xuxa", além de filmes da apresentadora e de Renato Aragão.

Na montagem do Grupo Curtura, produzida pela Associação Cultural Quintal das Artes e dirigida por Paulo Rogério Rocco, a peça ganha momentos em que o teatro é o grande homenageado, com suas artimanhas de som, luzes e movimentação.

Ouvindo um dia desses...


Sá Marina
Wilson Simonal
Composição: Antônio Adolfo - Tibério Gaspar

Descendo a rua da ladeira
Só quem viu, que pode contar
Cheirando a flôr de laranjeira
Sá Marina levei prá dançar...

De saia branca costumeira
Gira o sol, que parou prá olhar
Com seu jeitinho tão faceira
Fez o povo inteiro cantar...

Roda pela vida afora
E põe prá fora esta alegria
Dança que amanhece o dia
Prá se cantar
Gira, que essa gente aflita
Se agita e segue no seu passo
Mostra toda essa poesia do olhar
Huuuuuuummmm!...

Deixando versos na partida
E só cantigas prá se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar...

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá!

Vuvuzela

"Não sei o que ele tem, assistindo futebol... Ele nunca assistiu futebol." Foi o que eu ouvi a minha mãe dizer para minha tia ontem, no meio do jogo do Brasil contra o Chile, depois de ter me visto com o rosto colado na televisão enquanto roía as unhas. Dizer que eu nunca assisti futebol é exagero de mãe. É claro que já assisti. Vibrei quando criança na copa de 1994. Corria gritando com a bandeira do Brasil na rua Alfredo Guedes, fazendo festa, na época era lá que eu morava. Em 98, lembro da minha decepção na casa do meu tio quando o Brasil perdeu na final. Quase chorei. Em 2002, acompanhei os jogos fervorosamente também, saí em carreata na final, cantando o tema da copa. 2006 passou batido, foi muito mais festa estar com os amigos. O fato é que a única coisa que sabia dizer era que o Brasil ganhou, ou que o Brasil perdeu. Não prestava atenção nos lances, nem sabia quem fazia feio ou bonito em campo. Nesse ano não. Me arrisco até a comentar alguns lances no twitter e entrar em discussões sobre futebol.

O Che, por exemplo, com quem converso sobre tudo, já travou discussões feias comigo sobre os jogos dessa Copa, principalmente é claro, quando a seleção é a Argentina. Eu disse que o último jogo, contra o México foi roubado, que deveria ter terminado 1 a 1, e resolvido na prorrogação ou nos pênaltis. Dois gols manjados da Argentina, um irregular que deveria ter sido anulado pelo incompetente árbitro, e o outro que foi dado de presente pelo time mexicano, que naquela hora já estava desestruturado emocionalmente pelo erro da arbitragem, decidiram o jogo. Daí, o resultado de 3 a 1 pra Argentina. Assistimos o jogo juntos na casa do Che, eu, ele, Lis e Alan, ah, e o pai do Che, seu Beto, uma figura, que era na sala mais do contra do que eu e Alan, que no fundo, torcemos pro México. Bom, o fato é que a Argentina, além de mostrar um bom trabalho em campo, que não deve ser descartado, é muito sortuda. Ganhou da Nigéria de 1 a 1 no primeiro jogo, também de forma irregular. Depois, pegou uma fraca Coréia do Sul, e a Grécia, que perdeu para a mesma Coréia no primeiro jogo. Enfim, penso que a Argentina vai mostrar de fato a que veio no próximo sábado, quando encarar a Alemanha, será a prova de fogo.

Brasil contra Portugal, aquele joguinho morno, assistimos na Lex Luthor, eu, Alan, Che e a galerinha do teatro que estava por lá. Tive a sensação concreta de como as vuvuzelas são insuportáveis, principalmente na mão de crianças e pré-adolescente. Eu ouvi vuvuzelas. Com que frequência? Todo o tempo! Mas o que matou mesmo foi a correria! Sai da biblioteca, passa no mercado, come uma Ruffles, chega na Lex, vuvuzela, vuvuzela, bomba, vuvuzela, sobe correndo, almoço no restaurante, 13h15, desde correndo, indigestão hehe.

Brasil ontem contra o Chile foi só alegria! Que beleza! Kaká Bad Boy soltando palavrão no meio do jogo e tendo que ser retirado pra não levar cartão vermelho! Robinho teve sua chance e marcou! Foi lindo! 3 gols autênticos e brasileiros! Brasil pegou a seleção chilena que estava numa fase complicada e tinha ajuda histórica dos números, e aí não deu outra! Dá-lhe Brasil! Assisti o jogo em casa com os amigos, parentes, vizinhos... Depois, comemoração meia-boca na praça, mas tá valendo!

Estava na torcida pelo Japão hoje, mas que joguinho ruim! Vi o início do primeiro tempo no meu horário de almoço. O sono bateu e desisti. Sem lances pro gol, sem expectativas, uma peladinha. Foi na base da sorte mesmo nos pênaltis e os japoneses se deram mal. Pena! Pelo menos, eles nunca chegaram tão longe e podem se sentir realizados, uma vez que penso que, futebol não é coisa de japonês.

5 dias depois...

5 dias de tentativas frustradas de atualizar o blog... Sem tempo, sem saco, sem inspiração. Quando eu criei o blog, a intenção sempre foi de fazer dele um diário virtual mesmo, uma vez que a breve leitura dos meus antigos textos do fotolog me inspiraram a manter, em algum lugar, minhas memórias. Como escrever de maneira convencional, com caneta num diário, não passa pela minha cabeça nos dias de hoje, a melhor idéia foi a de um blog, sem muito alarde, sem muita polêmica, sem a intenção de torná-lo um lugar super frequentado, apenas um canto para registrar minhas idéias, minhas opiniões e minhas aventuras nesse "teatro de doidos", que é a vida. Mas, nem tudo que eu vivo deve ser postado aqui. Não pensem que eu faço coisas erradas ou proibidas, que eu me meto em grandes lances mirabolantes... Não, nada disso. Eu moro numa cidadezinha do interior, trabalho, tenho meus amigos, minhas paixões mal-resolvidas, minha família, meu quarto que adoro tanto, minhas músicas, meus sonhos. Nada demais, nada de mal, nada diferente. São apenas pensamentos e devaneios, como diria minha amiga internauta @fenix_manca, que passam pela minha cabeça, e que podem ser esclarecidos aqui, um dia, fio a fio. Bom, então vamos ao que pode ser dito...

Copa do Mundo

Domingo foi dia de festa pra nós todos! De manhã, o Che, a Lis e eu, fomos na Marcha da Fé, evento anual em decorrência do aniversário de morte do saudoso Padre Donizetti, que passa agora por um processo de beatificação. Depois, churrascão em casa com a galera! Juntaram-se a nós Leandro, Joice e Alan. Aí foi festa! Muita risada! Muita expectativa! E chegou a hora do jogo... Assistimos com meus pais o difícil e bonito jogo do Brasil contra a Costa do Marfim! Entre um grito e outro, o coração pulando pela boca, e muita zuera com o Che, que estava com a camiseta da Argentina, comemoramos a beleza da vitória do Brasil! Aí foi que a festa começou... Praça, cerveja, música, confusão e barulho! Tambaú ficou uma loucura, com muito verde e amarelo... Resultado disso tudo: cansadíssimo, chegando em casa às 11 e meia da noite, e depois de um banho, capotando na cama. Fotinhas acima mostram toda a galera na expectativa e na comemoração pelo Brasil na Copa!

Ouvindo um dia desses...

Feels Like Home
Chantal Kreviazuk

Something in your eyes makes me want to lose myself
Makes me want to lose myself in your arms
There's something in your voice
Makes my heart beat fast
Hope this feeling lasts the rest of my life

If you knew how lonely my life has been
And how long I've been so alone
If you knew how I wanted someone to come along
And change my life the way you've done

Feels like home to me
Feels like home to me
Feels like I'm all the way back where I come from

Feels like home to me
Feels like home to me
Feels like I'm all the way back where I belong

A window breaks down a long dark street
And a siren wails in the night
But I'm alright cause I have you here with me
And I can almost see through the dark there's light

If you knew how much this moment means to me
And how long I've waited for your touch
If you knew how happy you are making me
I've never thought I'd love anyone so much

Feels like home to me
Feels like home to me
Feels like I'm all the way back where I come from

Feels like home to me
Feels like home to me
Feels like I'm all the way back where I belong
Feels like I'm all the way back where I belong


Eu Me Sinto Em Casa

Alguma coisa nos seus olhos,faz com que eu queira me perder
Faz com que eu queira me perder em seus braços
Tem alguma coisa na sua voz
que faz meu coração disparar
Espero que este sentimento dure pelo resto da minha vida

Se você soubesse como minha vida tem sido solitária
E há quanto tempo estou tão sozinha
Se você soubesse o quanto eu queria que alguem viesse
e mudasse minha vida do jeito que você fez

E eu me sinto em casa,
eu me sinto em casa
Parece que eu voltei todo o caminho de onde eu vim

E eu me sinto em casa,
eu me sinto em casa
Parece que estou de volta para onde pertenço

Uma janela quebra, abaixo de uma rua longa, escura
e uma sirene toca na noite
Mas estou bem, porque tenho você aqui comigo
E quase posso ver que há uma luz em meio à escuridão

Bem, se você soubesse o quanto este momento significa para mim
E quanto tempo esperei pelo seu toque
E se você soubesse o como está me fazendo feliz
Nunca pensei que amaria alguem tanto assim

E eu me sinto em casa,
eu me sinto em casa
Parece que eu voltei todo o caminho de onde eu vim

E eu me sinto em casa,
eu me sinto em casa
Parece que estou de volta para onde pertenço
Parece que estou de volta para onde pertenço.

Como as coisas são... ou não...

Minha cama não pede pra eu dormir, porque amanhã tenho que acordar cedo pra trabalhar. Nem meu relógio atrasa as horas pra despertar de manhã e me deixar dormir mais 5 minutos.
Meu All Star preto não diz pra eu não usá-lo tanto, antes de furar sua sola, e nem a vendedora da loja me diz que ele é um tênis de custo pequeno, mas de uso curto.
O meu mp3 não seleciona direito as músicas que eu quero ouvir quando está no aleatório, e nem avisa quando está sendo carregado, que tal música eu vou me arrepender de ter tranferido pra ele.
Meu notebook não escolhe hora pra acabar a bateria, e ela, não faz nada por mim quando eu digo que está viciada.
A água que sai da torneira não fica mais quente quando, nos dias de frio intenso, eu vou escovar meus dentes e lavar minhas mãos.
Os cabos usb que utilizo nunca ficam no último lugar que os deixei, passeiam pela casa e não aparecem quando preciso deles.
Meus cd's não pulam da estante de saudades, quando me lembro deles e resolvo procurá-los. Se vingam de mim e não aparecem.
As gavetas da minha estante não escondem de mim os álbuns de fotos que eu não quero ver.
Meu cérebro não me poupa de sonhos que eu não quero ter.
Meu corpo se sente confortável com vinho, mas logo depois pede água.
Meu pulmão quer fumar mais quando estou sem cigarros.
Meus ouvidos não ouvem o que eu quero ouvir, e meus olhos não me poupam de ver aquilo que eu não quero ver.
Meus dentes não rejeitam minhas unhas na hora da ansiedade fatal. Meus dedos não se acanham ao doer, quando as unhas são roídas demais.
Minha boca não cala quando vai falar de amor na hora errada. E não me ajuda a transformar as palavras de amizade em declarações de amor, na hora certa.
Meu coração? Ah, esse é o mais sacana! Não me poupa da dor da saudade do que se foi, nem na hora que o cérebro chega a conclusão de que não vale a pena, de que não tem porquê. Ele também não segura seus batimentos quando meus olhos vêem aqueles outros olhos brilhando, aquela outra boca sorrindo, e quando inevitavelmente acontece o toque mínimo dos corpos. Meu coração tenta me controlar, me passar uma rasteira, me apunhalar nas costas, me fazer imensamente feliz e, logo depois, imensamente triste. É traiçoeiro e sabido. Usa meus olhos para que eu veja lindas paisagens, e depois me atira na melancolia que existe nesses mesmos quadros. Usa minha boca para dizer palavras doces de carinho, e logo depois se revolta, fica agressivo, e sou eu quem paga o pato. Engana meu cérebro, mente pra ele, e faz meus nerônios, pobres indefesos, se atirarem de cabeça na "tijela" da espera (ança) todo dia. Maldito coração que tudo e nada sabe, que sempre me teve nas mãos...

Ouvindo um dia desses...

Eu Tou Tentando
Kid Abelha
Composição: George Israel / Paula Toller

Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser bom amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...

Fotos da Gincana

O Grupo Barcaiau saiu vencedor na final da Gincana, quinta-feira, e ainda levou os certificados de Melhor Peça e Melhor Roteiro. O líder Natan Britto ganhou também como Melhor Ator, numa bonita interpretação de Charles Chaplin. Na foto, os integrantes da equipe Barcaiau, as líderes dos outros grupos, Carol Gomes e Bárbara Fortes, e eu.






O Grupo Pão com Ovo ficou com o terceiro lugar na Gincana, mas garantiu para si o prêmio de Melhor Atriz para a integrante do grupo, Helen Bonardi, que obteve grande destaque. Na foto, Helen e o ator Paulo Ribeiro, que participou de grandes sucessos do Grupo Curtura de Teatro, como "Uma Serpente no Seio de Roma" e "A Gaiola das Loucas".






O Grupo Fênix, que ficou em segundo lugar na Gincana, ganhou os prêmios de Melhor Cenário e Melhor Sonoplastia. Na foto, os integrantes da equipe e o Figurinista do Grupo Curtura de Teatro e da Associação Cultural Quintal das Artes, José Eli Costa.








Estrela de Papel



"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."
(Charles Chaplin)

Estrela de Papel
Jessé
Composição: Jessé - Elifas

Nas imagens de um gibi
Ele é um herói
Faz de conta que sorri
Quando vai chorar

Com bandidos e cowboys
Faz um carrossel
Põe estrelas fora do lugar
Brinca num painel
Lá no céu

Meu herói tem um chapéu
Tem o cão leal do vagabundo
Tem um riso imortal
E não se cansa de amar

Mas se a vida chega ao fim
Deixa um grande herói

E eu vi num filme o meu herói
Zombar um ditador cruel
E vi um outro em que ele fez
Estrelas num cenário de papel.

Na última quinta-feira, aconteceu a final da Gincana da Associação Cultural Quintal das Artes, que tem seu grupo teatral dirigido por Paulo Rogério Rocco e por mim. A última prova consistia para cada grupo, a apresentação de uma peça de 20 minutos, baseada na música "Estrela de Papel", do cantor e compositor Jessé. Os grupos se apresentaram para um corpo de jurados e uma platéia, formada por pais e amigos. Foram 3 belos espetáculos, onde os alunos puderam colocar em prática tudo que aprenderam e mostrar a todos o seu talento

O Grupo Barcaiau foi o primeiro a se apresentar, com um belíssimo texto, e uma história que misturava sonho e realidade, numa última tentativa de salvar o grande Charles Chaplin de seu fim triste e solitário. Logo depois, o grupo Pão com Ovo entrou em cena, com a história impactante de uma atriz que, abre mão de seu lar desestruturado e, inspirada pelo talento de Chaplin, tenta vencer na vida com sua arte. Por fim, o grupo Fênix nos apresentou uma história melancólica, vivida num único cenário de um bar, onde um ator, perdido em devaneios, cai na realidade de que não é Chaplin.

Entre tropeços no meio do caminho e alguns erros, todos os grupos impressionaram a platéia e os jurados com a qualidade de suas peças, e mais uma vez, ficou claro o potencial que temos no nosso grupo. A evolução ocorrida em cada um é bem visível, o que é motivo de orgulho para nós, que agora vamos, com muita garra e empenho, iniciar os ensaios dos musicais que a Quintal das Artes apresentará ainda esse ano. Para saber mais sobre a Associação, acesse o blog da Quintal .


Um relato antigo

Esse relato é da noite do dia primeiro de maio de 2010! Foi postado no meu twitter, antes de eu possuir esse blog. Mas vale como registro recente de minha história, por isso, aí vai.

"Noite estranha, com gente estranha, num lugar estranho. A gente vai vivendo a vida, vai quebrando tabus, vai perdendo preconceitos, vai conhecendo o mundo, vai quebrando a cara com os donos da sociedade, com gente que a gente julga de bem, porque se veste bem, come bem, fala bem, são mais próximas da perfeição humana imposta sei lá por quem, sei lá onde, sei lá porque... E um dia você se vê num bar, conversando e cantando com um catador de latinha, que tem unhas sujas, dentes da frente podres, roupas encardidas, mas o mesmo gosto musical que o seu, tá tão cansado de tudo e das mesmas coisas, do mesmo jeito que você. Grita liberdade,liberta fantasmas e mágoas, vomita ao cantar Raul Seixas, Capital Inicial, Cazuza, o grande mestre Zé Ramalho. Tanto teatro presente, um bando de atores usando a música como texto e apresentando o seu inconformismo, no palco da vida. Apertam-se as mãos, dizem-se os nomes, contemplam um momento. Sim, você pensa, há 3, 4 anos atrás, no auge da sua escrotice comportamental, não estaria ali, nem passaria na frente daquele lugar. E aí você vê que nada que você aprendeu e cultivou tem importância, somos todos iguais, padecemos das mesmas glórias e merdas, somos limpos e podres iguais, por fora e por dentro. E que a vida, seja boa ou ruim, reserva sempre surpresas inexplicáveis, inusitadas, fantásticas, e inesquecíveis.

Relato de um cara de 25 anos, ainda meio embriagado pelo vinho, que reviu a própria vida, e todos seus conceitos num lugar onde a música e a falta de apego material reinou, e o fez ver que nada de verdade importa, que devemos só viver, sem amarras, sem prisões, sem julgamentos. Ser feliz e ter o que se recordar é o que importa".

With a little help of my friends

What do I do when my love is away
(Does it worry you to be alone?)
How do I feel by the end of the day,
(Are you sad because you're on your own?)

No, I get by with a little help from my friends
Mm, I get high with a little help from my friends
Mm, gonna try with a little help from my friends

Como eu adoro meus amigos! Como eu sou feliz por tê-los ao meu lado. Quando voltei pra Tambaú, em 2008, tinha uma grande preocupação, a de estar sozinho, sem ninguém, pois todas as pessoas que eu conhecia, já não moravam mais aqui, já tinham ido, assim como eu, construir seu caminho em outro lugar, estudar, trabalhar. Mas a vida ajeita tudo, e pouco a pouco, fui conhecendo uma nova turma, em fases diferentes. As amizades foram surgindo uma a uma, até se tornarem fortes e resistentes ao tempo. Hoje, me sinto imensamente realizado por estar ao lado desses grandes companheiros, ainda que, às vezes, aos trancos e barrancos. São personalidades muito diferentes, idades diferentes, histórias de vida diferentes, e ninguém é tão fácil assim, nem eu. Vivemos já muitos momentos bons. e grande brigas também, mas no final, acaba tudo dando certo, e quando a vida permite, estamos sempre todos juntos. Ontem a noite, depois de assistirmos a estreia do Brasil na Copa em casa, e irmos na SAT para ajeitar os últimos detalhes para a final da gincana da Associação Cultural "Quintal das Artes", que acontece amanhã, saímos todos juntos. Foi muito bom! Rimos muito, comemos, bebemos cerveja, cantamos, discutimos também, é claro... Até disse para eles que, se tivéssemos combinado, não teria dado tão certo.
Essa foto tem um ano já, num café-da-manhã que tomamos juntos num domingo, em casa. Estão nela, da esquerda para direita, Bruno "Che" (um anjo em minha vida, já agradeci muito a Deus por tê-lo colocado no meu caminho; o quanto que ele já me ajudou, na fase mais difícil desses 2 anos em Tambaú, foi ele quem me estendeu a mão... quantas risadas, quantas histórias, quantas discussões também, foi com ele que mais tretei esse tempo todo; já faz parte da minha vida para sempre, mesmo que um dia cada um siga o seu caminho, causando a inevitável distância, você está no meu coração, gorim...), Alan (outro querido, que apareceu no momento em que mais precisava de amigos, ele vai, anda, anda, mas sempre volta... hoje penso que entramos na vida dele, o Che e eu, para colocá-lo num caminho de luz, que ele sempre buscou encontrar... hoje, quando vejo ele bem, sem depender tanto de nós, se virando, correndo atrás dos seus objetivos, tenho muito orgulho... tem um amor infinito pelo teatro, pela arte, e isso também o ajuda, assim como acontece comigo, a aguentar o peso grande da cruz que às vezes a vida dá pra gente carregar...), Lis (minha querida Lis na eterna busca pela sua própria identidade, é a mais independente, é surpreendente, me surpreende mais ainda quando move seu corpo na dança, se torna maior, mais bela, é a nossa caçula hehe, sua rebeldia é a mesma que a minha, talvez por isso, batemos sempre de frente; esteve comigo num desafio muito importante, no trajeto do Caminho da Fé, no ano passado; passamos o caminho todo conversando, nos conhecendo, como nunca havíamos feito antes, e nesse dia, nasceu um carinho enorme por ela, e uma grande torcida para que se torne uma bela e bem-sucedida mulher, que cresça e apareça cada vez mais, estamos juntos, minha querida...) e Leandro (esse caiu de pára-quedas, é instável, diz e desdiz coisas o tempo todo, mas sempre foi uma companhia agradável, conversamos muito nesse tempo todo de amizade, trocamos muitas figurinhas, aprendeu aos poucos a confiar em mim, e é um cara de quem gosto muito, sempre estarei disposto a ajudá-lo, porque também fez sempre isso comigo, do seu jeito atrapalhado e simples; na verdade, Leandro sempre foi de nós, o que sempre viu o lado positivo das coisas, sem deixar a peteca cair, sem esmorecer, mesmo quando tudo parecia perdido... é com quem mais gosto de brincar, de onde surgem os mais engraçados apelidos... "vovózinha", "vovó zuza"... um barato hehe; é o que tem o maior coração, mesmo que tente mostrar o tempo todo pra nós que não).

Ouvindo um dia desses...

Rocket Man
(numa versão do brasileiro John Kip)
Composição: Elton John / Bernie Taupin

She packed by bag last night, preflight
Zero hour, nine a.m.
And I'm gonna be high
As a kite by then

I miss the earth so much
I miss my wife
It's lonely out in space
On such a timeless flight

And I think it's gonna be a long, long, time
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
I'm a rocket man
Rocket man
Burnin' out his fuse
Up here alone

Mars ain't the kind of place
To raise your kids
In fact, it's cold as hell
And there's no one there to raise them
If you did

And all this science
I don't understand
It's just my job
Five days a week
A Rocket Man
Rocket Man

And I think it's gonna be a long, long, time
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...

And I think it's gonna be a long, long, time
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
I'm a rocket man
Rocket man
Burnin' out his fuse
Up here alone

And I think it's gonna be a long, long time
And I think it's gonna be a long, long time
And I think it's gonna be a long, long time

Long, long, time
Long, long, time

Ah, no, no, no...
Oh, no, no, no, no, no, no, no...


Homem do foguete

Ela fez minhas malas na última noite antes do vôo.
Hora zero: 9 da manhã.
E estarei a grande altura
Como uma pipa, então

Eu sinto tanta saudade da Terra,
eu sinto saudade da minha esposa,
É solitário lá fora no espaço
Num vôo infinito assim

E eu acho que vai ser um longo, longo tempo
Até que o pouso me restaure a consciência novamente para descobrir
Que eu não sou o homem que eles acham que sou em casa.
Oh não, não, não,
Sou um homem do foguete,
Homem do foguete,
Queimando seu fusível
Aqui em cima sozinho

Marte não é o tipo de lugar
Para criar suas crianças,
De fato, é frio como o inferno
E não tem ninguém lá para criá-los,
Se você tentar

E toda esta ciência,
Eu não compreendo,
É apenas o meu emprego,
Cinco dias por semana,
Um homem do foguete,
Homem do foguete

Eu acho que vai ser um longo, longo tempo
Até que o pouso me restaure a consciência novamente para descobrir
Que eu não sou o homem que eles acham que sou em casa
Oh não, não, não...

Eu acho que vai ser um longo, longo tempo
Até que o pouso me restaure a consciência novamente para descobrir
Que eu não sou o homem que eles acham que sou em casa
Oh não, não, não,
Sou um homem do foguete,
Homem do foguete,
Queimando seu fusível
Aqui em cima sozinho

E eu acho que vai ser um longo, longo tempo
E eu acho que vai ser um longo, longo tempo
E eu acho que vai ser um longo, longo tempo

Longo, longo tempo
Longo, longo tempo

Oh não, não, não...
Oh não, não, não...


Little Things


O CALA BOCA GALVAO permanece firme e forte nos TT's do Twitter desde a abertura da Copa, quando o narrador da Globo, depois de atrapalhar bastante a transmissão dos shows, falou tanto até ter seu microfone cortado no final hehehhe. Mijei de rir! Mas a tag estar no topo do TT's mundial há tanto tempo me assusta bastante, principalmente quando eu vejo isso aí, ao lado. #medo da força que o Twitter possui, na hora de propagar idéias e opiniões pelo mundo.

...


No sábado, assisti a estreia da Argentina na Copa, na casa do Bruno "Che". Sim, ele comprou uma camiseta da seleção argentina, mas a torcida dele na Copa é do Brasil, ok? Minha torcida, depois do Brasil, é claro, é do Japão, que é o país do meus avós paternos. Por causa disso, Bruno e eu fizemos algumas apostas em relação ao desempenho do Japão e da Argentina, e até agora, eu saí ganhando, aliás. No sábado, estávamos eu, ele, o Leandro e o Elton, amigos nossos, assistindo ao jogo. Me surpreendi com a Argentina. Estavam muito bem, até acontecer aquele gol manjado, irregular, e o time dos hermanos desandar. Só o Messi salvava! Como a Nigéria também estava ruim de doer, num joguinho monótono. perdendo cada chance de fazer gol, deu Argentina!

...

Hoje, o Japão surpreendeu! Entrou com a tática de não permitir gols, e o goleiro deu show! 1 a 0 contra Camarões, que pelo amor de Deus, esqueceu como se joga futebol! hehhe. Vamos aguardar Japão na próxima! Torcida para os japoneses pegarem a Argentina nessa Copa...

...

Único jogo descente até agora foi Austrália e Alemanha, que meteu 4 gols! Alemanha é o único time preocupante para o Brasil até agora, dependendo de como a gente se sair amanhã.

...

Que medo da cara do Beckham e do técnico inglês quando viram o frango que o goleiro inglês tomou no sábado... O bicho deve ter pegado no intervalo... Dó do goleiro, de verdade...

A Lady GaGa engoliu um terço no clipe de Alejandro? Será que ela não riu das piadinhas infames da Irmã Selma?

...

#medo do final do clipe. O rosto dela se desintegrando, credo! Ela tem pacto com o coisa-ruim, definitivamente!


Biblioteca na Copa



A Biblioteca também está em clima de Copa, enfeitada com bandeiras do Brasil nas estantes, e com uma área de livros sobre a história do campeonato mundial. Momento de descontração no final do expediente com os funcionários!

South Africa 2010 - World Cup

Pois é, a copa do mundo 2010 começou e alguns comentários e pensamentos começam a surgir.
Ouvi e li alguns comentários referentes a Shakira ter usado playback no show de abertura da copa. Primeiro, devo dizer que foi o momento mais esperado por mim, no pouco que pude ver da cerimônia, e Shakira não me decepcionou em nada. Shakira é minha diva suprema, sem chance nenhuma de substituição. Ela é energética, linda, performática, me arrepia... Como disse o Paulo Rogério quando conversamos sobre o assunto, "Shakira, se fosse ver, não precisava nem cantar...", pois é, só existir. E outra: para seus fãs, ela já deixou muito claro o quanto tem competência para se apresentar ao vivo, em musicais alucinantes e emocionantes. O vídeo acima é o clipe do tema oficial da Copa do Mundo 2010, "Waka Waka (This Time For Africa)", interpretado por ela que, ao lado de dançarinos africanos, celebra a união dos povos nesse momento onde negros, brancos, amarelos, azuis, compartilham da mesma energia.
Tenho visto muita coisa sobre a África do Sul, reportagens sobre seu povo, sua cultura, e me impressiona a alegria e a beleza de seu povo. Um país onde houve uma época em que brancos e negros eram discriminadamente separados, onde durante anos e anos, foi necessária muita luta para quebrar preconceitos de raça, desigualdades sociais e de direitos civis, receber hoje um campeonato mundial onde não há raça, cor, apenas a vontade de vencer, o grito da torcida com suas vuvuzelas multicores, é motivo sim de celebração. Que a Copa traga bons frutos para a África e seu povo, que ainda sofre com uma taxa alta de desemprego, com a violência e com a miséria de uma parte de seu povo.

En tus pupilas

ESTE POST NÃO É RECOMENDADO PARA OS QUE NÃO ACREDITAM NO AMOR, OS QUE VÊEM O AMOR COMO UMA GRANDE BOBAGEM, OS QUE NUNCA O EXPERIMENTARAM. NÃO É RECOMENDADO
TAMBÉM PARA AS PESSOAS QUE ME VÊEM COMO UM IDIOTA APAIXONADO E INCORRIGÍVEL. NÃO LEIAM TAMBÉM OS QUE, NESSE MOMENTO, TEM O CORAÇÃO PARTIDO.

Não gostaria de comentar esse assunto aqui, tão abertamente, evitei ao máximo fazer isso, até porque não estava em condições de escrever nada, redigir nada
que fosse claro sobre o assunto. Passei dias perturbado, sem saber o que pensar, o que dizer. Hoje posso ver tudo com mais clareza, e resolvi escrever porque
esse blog, desde o começo, tem o intuito de registrar fatos importantes (e irrelevantes) de minha vida, um registro para que eu mesmo possa acompanhar minha
evolução pessoal. E sem dúvida, os últimos acontecimentos são parte importantíssima de minha história.

Foi numa tarde fria de junho do ano de 2005 que, de repente, lembrei de um número de telefone. Não queria nada demais, apenas conversar, saber notícias. A
última vez que tínhamos nos encontrado tinha sido há um tempo, como meros amigos. Liguei, marcamos de nos encontrar na Avenida Paulista, mais precisamente na
frente do famoso prédio da FIESP, e exatamente nesse lugar, que seria cenário de muitos momentos da nossa história posteriormente, que meus olhos brilharam
quando vi aquela anatomia se aproximando de mim. Era uma anatomia linda, perfeita, sorridente, doce e gentil, mais gentil que nunca. Não foi amor a primeira
vista, eu confesso. Estava muito perdido quanto aos meus sentimentos nessa época, mas talvez tenha sido um sinal, um presságio de que uma bela história
começaria a ser construída ali, naquele dia. Foi uma tarde muito feliz, e um início de noite empolgante. Não estávamos sozinhos. Enrolados nós dois num único
cobertor na sala do apartamento onde morava, aconteceu o primeiro e inesquecível beijo. Primeiro sim, porque os que haviam acontecido antes tinham sido
despretensiosos. Esse também foi despretensioso até então, mas existia uma mágica diferente no ar. A visão de sua chegada ainda mexia comigo nesse momento, e
fez com que o beijo fosse um delicioso mergulho numa piscina de água refrescante, num dia de calor insuportável.
Nossa história havia começado. Depois de um mês de encontros esporádicos, foi feito um pedido de namoro. Não me lembro quem fez o pedido, o que me lembro era
que a felicidade era muito grande, e havia muita disposição de ambas as partes de fazer tudo dar certo.
Eu passava por um momento muito difícil e contraditório nessa época. Havia uma outra história mal esclarecida, mal terminada, que havia arrasado comigo
psicologicamente durante alguns meses, e tudo era muito confuso. Demorei algum tempo para entender tudo o que estava acontecendo. Com isso, houve uma
separação muito dolorosa de 3 semanas, quando passávamos pelo temido terceiro mês de namoro. Depois, a história recomeçou. Foi nessa época, em que o amor deu
as caras. Eu tinha 20 anos, achava que já tinha amado muito, me apaixonado muitas vezes. Me apaixonei pela primeira vez aos 8 anos de idade por uma
coleguinha de classe, quando estava no primeiro ano. E até chegar aos meus 20, tinha sofrido muito por amores platônicos mal resolvidos. Que nada! O amor
chegou pra mim exatamente aos 20 anos. Não era nada do que eu pensava. Era muito mais. Era muito melhor.
Durante 6 meses, eu vivi de amor como na música do Cazuza, "ser teu pão, ser tua comida, todo amor que houver nessa vida, um trocado pra dar garantia e um
remédio anti-monotonia". Foram os melhores 6 meses de minha vida. Eu não conseguia ver beleza em mais ninguém, tudo que eu precisava estava comigo, do meu
lado. Foi uma época em que, até o teatro, minha paixão de toda vida, foi demasiadamente deixado de lado. Isso não foi certo, mas poxa... Eu estava
experimentando pela primeira vez uma sensação maravilhosa de ser e estar, que eu sempre busquei. Quando eu olhava meu amor, eu não via uma pessoa, eu via
luz, liberdade. Ouvíamos muito nessa época, um recente lançamento da cantora Shakira, que continha uma faixa que se transformou pra mim como o nosso hino, o
hino da nossa história. A música diz: "quando você me prende em seus braços, quando olho dentro dos seus olhos, eu sei que Deus existe, e não é difícil de
acreditar". Era muito amor! Foi a fase em que estive mais frágil, e também mais feliz. O nosso encontro dos corpos era poesia, era música, era uma onda
calma, era instigante, perturbador, e vertia lágrimas. Foram 6 meses pedindo para que a Terra parasse de girar, para que o tempo parasse, e aqueles momentos
fossem eternos. Dizíamos isso um pro outro. Quanta coisa vivemos juntos! Com o meu amor, ganhei e dei presente no dia dos namorados, assisti um inesquecível
show de meus grandes ídolos na época, fui a festas, arrumei meu primeiro emprego, fui a pré-estreia de filme, gozei a vida plenamente.
Mas a nossa história foi feita de muitos desencontros. No sexto mês após nossa última reconciliação, mais uma complicada separação, dessa vez, mais
catástrófica. Nunca mais fui o mesmo depois disso. Mas o amor continuava em mim, não de uma forma menor, mas de uma forma mais branda, mais sossegada.
Nosso amor era rebelde, intenso, ousado. Para alguns, era inacreditável, inaceitável, e exatamente por isso, atraiu muitos opositores, gente que nunca tinha
experimentado o que nós estávamos vivendo, e que talvez não experimentaram até hoje. Lutamos muito por nossa história. Enfrentamos diversos obstáculos, vindo
de toda a parte. Muita coisa ruim aconteceu depois desses 6 meses. Não comentaria aqui até porque esse não é nenhum relato vingativo, nem depressivo. Não
comentaria também porque o espaço é limitado, e não caberia aqui. O importante a ser relatado é que, depois de muitas idas e vindas, ocorreu uma inevitável e
necessária separação, dessa vez, com quilômetros de distância. Passado o choque, tivemos outras tentativas de tocar o barco adiante. Ainda vivemos muitos
momentos legais depois disso. Viajamos bastante para nos encontrarmos e manter vivo o que havíamos construído. Mas o mundo se mostrou cada vez mais cruel. O
tempo e a distância se aliaram e o que era infelizmente previsto, aconteceu.
O que eu sei é que não abro mão de nada que tenha vivido. Tudo foi muito transformador. De verdade, sem demagogia nenhuma, nossa história faz parte de mim
até o último fio de cabelo, porque moldou a pessoa que sou hoje. Me levou da glória ao desespero e angústia total do ser. Minha passagem por São Paulo está
ligada diretamente a todos esses encontros e desencontros. Descobri parte de minha vida e parte de mim com esse louco amor, que passou ora como um riacho
calmo, ora como uma tsunami devastadora e caótica. Por que terminou? Ah, na vida tudo tem um começo e um fim, apesar de ser doloroso aceitar e reconhecer
isso. O que precisa ficar claro é que eu sou totalmente contra esse ponto final. Se pudesse, viveria tudo de novo, desde o começo, cada detalhe. Iria
corrigir sim muita coisa, mas a essência e a inevitável fase de amadurecimento de mim mesmo, ficaria intacta. Não concordo com o fim, mas também aprendi que
não adianta na vida você lutar contra certas coisas. As suas escolhas tem consequências, o seu destino se desenrola, se desenvolve e você vai perdendo
histórias, fatos, fotos. Queria guardar tudo numa caixa dentro do guarda-roupa, para poder ter acesso a qualquer hora, reviver tudo. Mas como não é possível,
recorremos então as boas recordações. Continua tudo em mim, nos meus discos e cd's, nos meus livros, nas minhas roupas, no meu armário, no meu vocabulário,
nos milhares de álbuns de fotos. Há um pedaço dessa história em cada canto da casa, em cada canto de mim.

Não devo mais falar dela depois desse relato. Nem todo mundo está preparado para acreditar que tudo isso aconteceu exatamente dessa forma, explosiva e
mágica. Nem todo mundo experimentou tudo isso ainda. Alguns nunca irão experimentar. Também não quero me transformar num chato que só sabe falar de um
assunto, e que só oferece lamúrias. Então, a dor do fim continuará comigo, até quando tiver que continuar. Mas esse blog e essa boca não se pronunciarão mais
sobre esse assunto. Um final tão melancólico merece mesmo o silêncio. Sem choros e sem velas, afinal não há defunto. Muito pelo contrário, tudo continua bem
vivo.
Pensei numa foto para ilustrar este post, talvez um coração, ou uma foto antiga. Mas cheguei a conclusão de que a imagem não faria muita diferença agora. As
palavras dizem sozinhas, tudo.

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinicius de Moraes)

Ouvindo um dia desses...

Strawberry Swing
Coldplay
Composição: Chris Martin

They were sitting
They were sitting on the strawberry swing
Every moment was so precious

They were sitting
They were talking under strawberry swing
Everybody was for fighting
Wouldn't want to waste a thing

Cold cold water bring me round
Now my feet won't touch the ground
Cold cold water what you say?
When it's such, it's such a perfect day
Such a perfect day

I remember We were walking up to strawberry swing
I can't wait until the morning
Wouldn't want to change a thing

People moving all the time
Inside a perfectly straight line
Don't you wanna just curve away
When it's such, it's such a perfect day
It's such a perfect day

Ah-ah-ah-ah-iiiii
Now the sky could be blue I don't mind
Without you it's a waste of time
Could be blue I don’t mind
Without you it’s a waste of time
Now the sky could be blue could be grey
Without you I’m just miles away
Oh the sky could be blue I don't mind
Without you it’s a waste of time


Balanço de Morango
(tradução)

Eles estavam sentados
Estavam sentados no balanço de morango
Cada momento era precioso

Eles estavam sentados
Estavam falando de baixo do balanço de morango
Todo mundo queria lutar
Não queriam perder nada

Gelada água gelada trás-me de volta
Agora meus pés não vão tocar o chão
Gelada água gelada, o que você me diz?
É tão... É um dia tão perfeito
Um dia tão perfeito....

Eu me lembro, estávamos a subir para o balanço de morango
Eu não posso esperar até amanhecer
Eu não iria querer mudar nada

Pessoas movendo-se o tempo todo
Dentro de uma perfeita linha reta
Você não quer simplesmente curvar para fora?
É tão... É um dia tão perfeito
É um dia tão perfeito....

Ah-ah-ah-ah-iiiii
Agora o céu poderia ser azul, não me importo...
Sem você é uma perda de tempo
Poderia ser azul, não me importo...
Sem você é uma perda de tempo
Agora o céu poderia ser azul, poderia ser cinzento
Sem você eu estou a milhas de distância
Oh o céu poderia ser azul, eu não me importo
Sem você é uma perda de tempo.

Imagem do dia (01/06/2010)

Uma quadrilha roubou, na tarde de ontem, R$ 280 mil de uma agência bancária em Pirituba, zona oeste de São Paulo. Na fuga, o grupo roubou uma van escolar com duas crianças a bordo e baleou três policiais. Dos oito criminosos, três foram presos. O dinheiro não foi recuperado.

Futebol de botão






O Futebol de Botão é um jogo simulado de futebol praticado com botões apropriados, que, de certa forma, representam os jogadores e são movidos com o auxílio de uma palheta; é praticado como um "passatempo" e como esporte oficialmente reconhecido sendo, nesta última condição, denominado Futebol de Mesa. Foi inventado em 1930 pelo brasileiro Geraldo Décourt. Contam que ele primeiro jogava com botões de cueca, passando posteriormente a usar os botões da calça de seu uniforme escolar. Dessa brincadeira de criança surgiu o "jogo de botões", aquilo que se tornaria o esporte difundido e amado por uma legião incontável de praticantes e admiradores, com sua diversidade de regras e materiais, tendo adeptos em um grande número de países.

Noite do futebol de botão com meus amigos, em casa! Bruno, Alan, Lislaine, Leandro e eu improvisamos uma mesa. Vencedor? Leandro levou primeiro lugar, logo em seguida, o Bruno! Divertido! Faremos mais isso. É uma forma de nos divertimos juntos.

Ouvindo um dia desses...

Mal Nenhum
Cazuza
Composição: Cazuza / Lobão

Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais

Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Como um cachorro otário

Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada

Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração

Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não

Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim