Entramos pelos portões da Bienal, que estava repleta de gente. Foi um dia divertido! Passamos por vários stands. Os da Panini, da Editora Globo, do Submarino e da Saraiva, foram os mais interessantes pra mim. Foi no stand da Panini que encontramos a turma da Mônica, que causou um grande alvoroço por lá. Lis, Josi e eu tiramos fotos com o Cascão. Che tirou com a Magali. E os sortudos, que conseguiram foto com a disputadíssima Mônica, foram o Che e a Josi. Ainda na Panini, encontramos o batmóvel, um barato. Num outro stand, vi versões de bolso de livros com grande sucesso por aqui. "Melancia", da Marian Keyes, e o que eu me arrependi de não ter comprado, "O Diário de Bridget Jones". Grandes painéis em homenagem a Monteiro Lobato e Clarice Lispector também chamaram minha atenção. Tiramos fotos também num outro stand, com o criador e a criatura: Monteiro Lobato e Emília, do "Sítio do Picapau Amarelo". No stand da Editora Globo, vimos um grande painel com a capa do livro "Lady GaGa, a revolução do pop". Teatro de bonecos e contadores de histórias em apresentações para crianças se via a todo momento. Uma pausa para um lanche. Optamos pela Casa do Pão-de-queijo. Que saudade! Tinha uma lanchonete quase na frente do meu prédio. Muitas tardes, descia e ia até lá. O pedido era sempre cheddar e doce-de-leite. Deu pra matar a saudade do pão-de-queijo recheado com doce-de-leite. Fantástico!
Bom, a essa altura do campeonato, estávamos todos exaustos de tanto andar por aqueles corredores. Na saída, um grande sol vermelho se preparava para se esconder de nós. Por qual ângulo se devia ver a paisagem desse sol vermelho, lindo de tanta poluição?
Pegamos a estrada de volta a Tambaú. Além do cansaço, outra sensação batia forte em mim. Não vou negar que eu tinha expectativa de que pudesse ter ocorrido uma mudança de planos, e que eu tivesse uma surpresa, um encontro ocasional que salvaria o dia. Não podia acreditar que iríamos estar tão perto, e continuaríamos tão longe. Havia pensado em ficar, em passar o final de semana em São Paulo, pra tentar pela última vez, resolver as coisas, e tentar pôr tudo no lugar. Mas a falta de notícias e de interesse, me fez desistir da idéia. Mesmo assim, um fio de esperança me acompanhou a viagem toda. Cada vez em que olhava para as pessoas que a todo momento passavam por nós, eu sabia por quem procurava. Sabia também que, se perdêssemos essa chance, nada mais teria conserto, que aí chegaria a hora de realmente jogar a toalha. Não pensei em nada cinematográfico, sem choro, sem vela. Quanto mais singelo fosse, mais bonito e mais real seria. As palavras seriam desnecessárias porque os olhares diriam tudo, um para o outro. Mas não foi nada disso. Do jeito que fui, voltei, despedaçado, um quebra-cabeça sem algumas peças. Não quero pisar em São Paulo tão cedo, foi o que pensei. Eu volto, mas só depois que a saudade se afastar de mim...
No caminho de volta, o trânsito estava intenso. Agora era hora de rock' n roll, highway to hell. Mais uma paradinha para comer, dessa vez, pizza. Por volta de 10 da noite, estávamos todos em casa. Tomei um banho e caí na cama, como num desmaio. Estava exausto, não tinha mais condições de pensar, não queria mais pensar em nada. E antes de dormir, me perguntei se alguma outra vez, eu quis que um dia começasse de novo.
Um comentário:
Sabe que toda vez que desço a ponte da Bandeirantes me dá o mesmo frio na barriga? Não voltei muitas vezes depois que vim pra Tambas, mas sempre tive a mesma (com o perdão da expressão, mas vc vai ter que concordar que é) besta ilusão, de que iria esbarrar casualmentíssimo "oi, tudo bem, há qto tempo, e aí, vamos implodir esses anos de hiato?", hahahaha, o coração é um bosta mesmo, hahahahaha!!!! Bjão, amigo!
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